Expertise em Microbiota

A PiLeJe tem sido uma força pioneira no estudo dos probióticos desde há 30 anos. Ao selecionar as estirpes probióticas que melhor se adequam a cada um dos seus suplementos alimentares, aplica um rigoroso conjunto de critérios como a identidade das estirpes e as suas características específicas, bem como a sua viabilidade e estabilidade ao longo do tempo.

Mais de 30 anos de história

A PiLeJe tem sido pioneira no estudo dos probióticos, conduzindo e publicando numerosos estudos sobre estirpes probióticas ao longo dos anos, desempenhando, assim, um papel nos avanços da investigação científica neste campo.

Em 1990, a PiLeJe desenvolveu e comercializou, em França, uma das primeiras formulações probióticas.

Até então, muito pouca investigação científica sobre suplementos alimentares tinha sido realizada e os produtos disponíveis eram pouco sofisticados. Além disso, muito pouco se sabia sobre os probióticos. A sua utilização estava limitada ao processamento de alimentos (produção de iogurte, fermentação de vinho) e rações de animais. Contudo, era do conhecimento geral que o consumo de leite fermentado (iogurtes, lassi na Índia…) podia melhorar o conforto intestinal. A importância de uma flora digestiva saudável era também reconhecida, assim como o facto de desempenhar um papel essencial na assimilação de nutrientes.

O Dr. Christian Leclerc, fundador da PiLeJe reuniu estas ideias e decidiu iniciar uma linha inovadora de investigação, destinada a desenvolver uma formulação, em vez de um produto alimentar, que pudesse proporcionar ao organismo um fornecimento destas bactérias ácido-lácticas, com fortes indícios de efeitos benéficos.

Este passo intuitivo iniciou um processo que levou ao desenvolvimento do primeiro produto de saúde comercializado em França contendo uma mistura de estirpes probióticas.

Resultados acima das expectativas

Posicionada como um suplemento alimentar destinado a restaurar o equilíbrio da flora intestinal, a formulação, prescrita por médicos, rapidamente provou ser eficaz na resolução de distúrbios intestinais. E mais! Também pareceu ter efeitos benéficos sobre outros distúrbios apresentados por alguns doentes, tais como a depressão.

Estas descobertas clínicas iniciais abriram a porta a uma profusão de novas possibilidades: além de equilibrar a flora intestinal, os probióticos podem ter um papel muito mais funcional a desempenhar no corpo, ao interagirem com o hospedeiro.

Tornou-se claro que era necessária uma melhor compreensão das várias estirpes de probióticos. A PiLeJe reagiu criando uma equipa científica com conhecimentos especializados neste área.

Os seus objetivos de investigação incluíam: documentar a capacidade destas estirpes bacterianas de resistir a diferentes condições físico-químicas, identificar os critérios-chave que influenciavam a sua viabilidade e compreender como atuavam no interior do intestino.


A visão da PiLeJe: individualização e medicalização

Os probióticos são microrganismos vivos e, como todos os seres vivos, são frágeis. Como resultado da realização de pesquisas ao longo de muitos anos, a PiLeJe ganhou experiência na seleção de estirpes probióticas para alcançar um efeito específico na saúde, bem como na conceção de formulações adequadas que garantem a colocação dos ingredientes selecionados no seu local de ação.

Com base no nosso entendimento atual da microbiota, sabemos que a qualidade de um produto de saúde à base de probióticos requer um controlo rigoroso de vários critérios-chave:

  • seleção rigorosa de estirpes bacterianas baseada em critérios de eficácia e viabilidade;
  • controlo do meio de cultura e das condições de fabrico, para manter estas estirpes vivas e, portanto, suscetíveis de continuarem ativas;
  • controlo dos excipientes e dos outros ingredientes na formulação para garantir que não afetam negativamente a ação e viabilidade das estirpes probióticas;
  • seleção de uma forma farmacêutica capaz de manter as estirpes estáveis e funcionais ao longo do tempo até atingirem o seu local de ação no organismo.

Um equilíbrio delicado

Microbiota: a assinatura do seu corpo

A microbiota é uma comunidade de microrganismos (bactérias, leveduras, fungos, vírus) que vivem num ambiente definido. O corpo humano aloja numerosas microbiotas como a microbiota oral, a microbiota vaginal, a microbiota mamária, a microbiota pulmonar, a microbiota ORL, a microbiota cutânea e a microbiota intestinal.

A microbiota intestinal é, composta por 100 000 mil milhões de bactérias, um número 100 vezes superior ao número de células do nosso corpo e 1.000 vezes superior ao número de estrelas da nossa galáxia!

Análises a fezes revelam que as fezes de cada indivíduo contêm entre 160 e 200 espécies diferentes de bactérias. Um terço destas bactérias é encontrado em todos os indivíduos, enquanto o perfil dos dois terços restantes é único de indivíduo para indivíduo.

Todos têm, portanto, uma microbiota única, especificamente sua, que evoluiu lentamente ao longo do tempo sob a influência de vários fatores.

Esta diversidade bacteriana depende de:

  • Duração da gravidez
  • Tipo de parto
  • Amamentação
  • Fatores genéticos: o perfil da microbiota intestinal de uma pessoa será mais próximo do perfil de um irmão do que do perfil de um vizinho.
  • Fatores geográficos: local de nascimento e a microbiota intestinal. Na Europa, observou-se uma predominância de bactérias diferente entre os bebés de 6 semanas do Norte da Europa em relação aos do Sul.
  • Ambiente
  • Estilo de vida (tabaco, álcool, stress, etc.)
  • Dieta
  • Toma de alguns medicamentos (antibiótico, antiácidos, etc.)
  • Idade – a microbiota forma-se durante 3 etapas de desenvolvimento: infância, idade adulta e velhice.

As funções da microbiota

Sabe-se agora que as nossas bactérias intestinais desempenham um papel decisivo numa vasta gama de funções fisiológicas. A lista abaixo resume as várias ações benéficas deste ecossistema bacteriano:

  • Ajuda à digestão e permite sintetizar certas vitaminas do corpo (vitaminas do grupo B, vitamina K);
  • Ajuda a manter a integridade da mucosa intestinal e as suas propriedades de barreira;
  • Desempenha um papel extremamente importante no sistema de defesa do organismo, principalmente devido ao efeito barreira que impede o estabelecimento e a multiplicação de microrganismos indesejáveis. A maioria das células do sistema imunitário do corpo (60 a 70%) está localizada no intestino. Para funcionar corretamente, o sistema imunitário intestinal trabalha em conjunto com a microbiota intestinal;
  • Está envolvido em processos de recuperação de energia (através da fermentação de alimentos não digeridos que saem do intestino delgado) e está envolvido no aumento de peso.

Cuidado: cuide da sua microbiota intestinal

A microbiota intestinal é afetada pelo seu estilo de vida. O termo “disbiose” refere-se a uma microbiota que não se encontra em equilíbrio.

O stress, uma dieta inadequada, a toma de antibióticos, o tipo de parto (nomeadamente na cesariana), são exemplos de fatores de risco de disbiose.

A microbiota intestinal está relacionada em muitos níveis com a nossa saúde e bem-estar. A disbiose pode, assim, ser associada a vários tipos de doenças:

  • Diarreia causada por uma infeção ou pela toma de antibióticos;
  • Síndrome do intestino irritável ou desequilíbrio funcional do intestino (inchaço, problemas de trânsito intestinal, dores abdominais);
  • Alergia, fibromialgia, síndrome da fadiga crónica;
  • Doença inflamatória intestinal crónica (DII: doença de Crohn e colite ulcerosa);
  • Obesidade, diabetes e síndrome metabólica;
  • Ansiedade, perturbações do humor, perturbações do sono, enxaquecas…

O eixo intestino-cérebro

Demonstrou-se que as alterações na microbiota intestinal afetam o sistema nervoso central e têm um impacto neurológico.

De facto, o intestino contém 200 milhões de neurónios – aproximadamente o mesmo número que num cérebro de um cão ou de um gato. Estes neurónios trocam continuamente informações com o cérebro: esta rede de comunicação é chamada de eixo intestino-cérebro, e o intestino é considerado como o nosso “segundo cérebro”.

Vários estudos identificaram desequilíbrios na flora intestinal (disbiose) a ocorrer ao mesmo tempo que certas patologias neurológicas, sugerindo que a microbiota está envolvida no aparecimento de doenças como o autismo, esquizofrenia, ansiedade, depressão, transtorno bipolar e doenças neurodegenerativas como Alzheimer ou Parkinson.

Utilização de probióticos como prevenção e tratamento

O nosso estilo de vida desempenha um papel extremamente importante na preservação do equilíbrio da microbiota. As dietas mediterrânicas e a atividade física podem ter um impacto benéfico sobre a microbiota intestinal. Para além da importância de um estilo de vida saudável, as evidências clínicas do valor dos probióticos provaram que estes contribuem significativamente para a prevenção e tratamento de muitas patologias.

As estirpes probióticas ajudam a prevenir a proliferação de microrganismos indesejáveis e a sua presença gera uma série de efeitos benéficos para a saúde.

A sua eficácia é agora reconhecida na prevenção do desconforto digestivo e têm surgido resultados encorajadores em estudos sobre os seus efeitos na síndrome do intestino irritável.

A toma de probióticos é também uma terapia reconhecida por prevenir infeções urogenitais e por reduzir a incidência de recidivas.

As estirpes probióticas não têm todas os mesmos efeitos na saúde. Os efeitos benéficos de uma determinada estirpe, ou uma combinação de estirpes, são específicos para essa ou essas estirpes, e não podem ser extrapolados para outra estirpe. Assim, nem todos os probióticos são iguais. Os seus efeitos dependem da estirpe, da dose e da formulação. Por conseguinte, é importante escolher o probiótico certo para uma situação de saúde específica.

Qualidade e eficácia das estirpes probióticas na manutenção da saúde

A nossa política de qualidade para a seleção de estirpes probióticas

A PiLeJe assegura que determinados critérios são satisfeitos ao selecionar as suas estirpes probióticas. A empresa definiu uma política de qualidade e de boas práticas na seleção de estirpes bacterianas, o que garante a qualidade dos nossos produtos probióticos.

Origem e segurança das estirpes probióticas

Certificação

Os microrganismos probióticos destinados a serem consumidos pela população em geral devem ser perfeitamente seguros e não devem, portanto, estar associados a qualquer risco de toxicidade.

De acordo com este princípio, foram elaboradas listas dos microrganismos considerados historicamente seguros para o Homem: são microrganismos com estatuto PQS (Presunção Qualificada de Segurança) na Europa, ou que têm estatuto GRAS (Generally Recognized As Safe) nos Estados Unidos.

Todas as estirpes bacterianas utilizadas pela PiLeJe para fabricar os seus produtos de saúde são produzidas a partir de grupos de bactérias que têm estatuto PQS e/ou GRAS.

“Sem resistência aos antibióticos”

Devido à sua presença no intestino, o probiótico não deve, por si só, ou como resultado da sua ação sobre outras bactérias intestinais, induzir qualquer resistência bacteriológica a um tratamento antibiótico: este é conhecido como o critério “sem resistência aos antibióticos”.

Registo na Coleção Nacional Francesa de Microrganismos (CNCM)

Cada estirpe probiótica selecionada pela PiLeJe é estudada para definir as suas propriedades intrínsecas (morfologia, resistência à humidade e ao calor, condições de crescimento, etc.) e genotípicas (sequenciação do ADN bacteriano). Depois de a estirpe ter sido analisada desta forma, e totalmente documentada, é registada na Coleção Nacional Francesa de Microrganismos (CNCM). Este processo de registo garante a perfeita rastreabilidade de todas as estirpes incluídas na composição de um suplemento alimentar.

Gastrorresistência

O hospedeiro não pode fazer uso das propriedades benéficas dos probióticos, a menos que estes consigam resistir às condições encontradas nas várias fases do trato gastrointestinal e chegar o intestino delgado e/ou cólon de uma forma viável.

Para verificar se as estirpes probióticas conseguem superar os vários desafios enfrentados ao passar pelo trato gastrointestinal, são utilizados modelos in vitro para reproduzir as condições (pH, secreção de enzimas digestivas, peristaltismo) encontradas nos vários compartimentos digestivos: estômago, intestino delgado, cólon.

Estes estudos específicos permitem, por exemplo, selecionar estirpes resistentes ao compartimento gástrico (resistência ao pH ácido e às enzimas como a pepsina) ou ao compartimento intestinal (resistência aos sais biliares e às enzimas pancreáticas).

Ao contrário de outras substâncias, os probióticos não são classificados como “substâncias ativas”, uma vez que não são absorvidos pelo organismo. Atuam localmente e, para tal, devem aderir à mucosa intestinal e “misturar-se” com a microbiota do hospedeiro, ou seja, com a flora intestinal existente.

Esta capacidade de aderir às células intestinais permite-lhes interagir, como parte da microbiota, com os sistemas imunitário e nervoso localizados no intestino.

Quanto maior for a capacidade de adesão da estirpe probiótica, maior é a sua permanência no intestino e maior é o seu potencial de interagir com o corpo.

São realizados testes in vitro para selecionar as estirpes probióticas que apresentam a maior capacidade de aderir à membrana mucosa intestinal.

Uma vez que as estirpes bacterianas são frágeis, é essencial controlar as condições em que são cultivadas e compreender as condições que mantêm a sua viabilidade em diferentes meios.
São realizadas muitas experiências, tais como a colocação das estirpes bacterianas em “fornos de envelhecimento” para estudar os seus critérios de viabilidade ao longo do tempo.

Os dados recolhidos são utilizados na escolha dos excipientes, potenciais ingredientes complementares e materiais de distribuição farmacêutica. Todos os acima mencionados devem ser “compatíveis” com a estirpe probiótica, ou seja, não devem afetar negativamente a sua ação ou estabilidade ao longo do tempo.

Uma vez selecionados, a ronda seguinte de estudos realizados sobre as estirpes probióticas investiga o seu potencial benefício clínico e as doses necessárias para que sejam eficazes.
Estes estudos in vitro, in vivo e clínicos são realizados por equipas de investigação da PiLeJe em colaboração com outros laboratórios e organizações de investigação (Inserm, Institut Pasteur de Lille…).

Estudos de eficácia

Se os resultados dos testes in vitro forem encorajadores, são então realizados estudos em animais de laboratório: referidos como estudos in vivo. Estes estudos são relatados sob a forma de artigos publicados em revistas científicas especializadas internacionais, tais como o World Journal of Gastroenterology.

A PiLeJe realiza, então, estudos clínicos em parceria com hospitais universitários e institutos de investigação nacionais franceses (INRA ou CNRS), para recolher dados sobre a eficácia clínica dos produtos de saúde. Um estudo clínico duplo-cego, controlado por placebo, em 100 doentes com síndrome do intestino irritável (selecionados pela aplicação dos critérios de Roma) demonstrou a eficácia de uma mistura de 4 estirpes probióticas selecionadas para melhorar a obstipação e a dor abdominal nestes doentes.

Estudos publicados pela PiLeJe no campo da microbiota

  1. Alard J, Peucelle V, Boutillier D, Breton J, Kuylle  S, Pot B, Holowacz S , Grangette C. Probiotic strains with a high potential for inflammatory bowel disease management identified by combining in vitro and in vivo approaches. Beneficial microbes 2018, Vol. 9, No. 2, pp. 317-331 
  2. Holowacz S, Guinobert I, Guilbot A, Hidalgo S, Bisson JF. A mixture of five bacterial strains attenuates skin inflammation in mice. Antiinflamm Antiallergy Agents Med Chem. 2018 Aug 13.
  3. Holowacz S, Blondeau C, Guinobert I, Guilbot A, Hidalgo S, Bisson JF. Lactobacillus salivarius LA307 and Lactobacillus rhamnosus LA305 attenuate skin inflammation in mice. Lactobacillus salivarius LA307 and Lactobacillus rhamnosus LA305 attenuate skin inflammation in mice. Beneficial Microbes 2018, Vol. 9, No. 2, pp. 299-309
  4. Van Hul M, Geurts L, Plovier H, Druart C, Everard A, Ståhlman M, Rhimi M, Chira K, Teissedre PL, Delzenne NM, Maguin E, Guilbot A, Brochot A, Gerard P, Bäckhed F, Cani PD. Reduced obesity, diabetes and steatosis upon cinnamon and grape pomace are associated with changes in gut microbiota and markers of gut barrier. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2017 Sep 5:ajpendo.00107.2017. doi:10.1152/ajpendo.00107.2017
  5. Neau E, Delannoy J, Marion C, Cottart CH, Labellie C, Holowacz S, Butel MJ, Kapel N, Waligora-Dupriet AJ.Three Novel Candidate Probiotic Strains with Prophylactic Properties in a Murine Model of Cow’s Milk Allergy. Appl Environ Microbiol. 2016;82(6):1722-33. doi: 10.1128/AEM.03440-15.
  6. Holowacz S, Blondeau C, Guinobert I, Guilbot A, Hidalgo-Lucas S, Bisson JF. (2016) Antidiarrheal and Antinociceptive Effects of a Probiotic Mixture in Rats. J Prob Health 4: 155. doi: 10.4172/2329-8901.1000155
  7. Holowacz S, Guigné C, Chêne G, Mouysset S, Guilbot A, Seyrig C, Dubourdeau M. A multispecies Lactobacillus- and Bifidobacterium-containing probiotic mixture attenuates body weight gain and insulin resistance after a short-term challenge with a high-fat diet in C57/BL6J mice. PharmaNutrition. 2015 Jul;3(3):101-7. 
  8. Nébot-Vivinus M, Harkat C, Bzioueche H, Cartier C, Plichon-Dainese R, Moussa L, Eutamene H, Pishvaie D, Holowacz S, Seyrig C, Piche T, Theodorou V. Multispecies probiotic protects gut barrier function in experimental models. World J Gastroenterol. 2014 Jun 14;20(22):6832-43. 
  9. Drouault-Holowacz S, Bieuvelet S, Burckel A, Marteau P. A double blind randomized controlled trial of a probiotic combination in 100 patients with irritable bowel syndrome. Gastroenterol Clin Biol. 2008;32(2):147-52.
  10. Drouault-Holowacz S, Foligné B, Dennin V, Goudercourt D, Terpend K, Burckel A, Pot B. Anti-inflammatory potential of the probiotic dietary supplement Lactibiane Tolérance: in vitro and in vivo considerations. Clin Nutr.